sábado, 31 de maio de 2014

Resenha: Diga aos Lobos que Estou em Casa

- Carol Rifka Brunt -

          A história se passa no ano de 1987, nos Estados Unidos e é narrada por June Elbus, a jovem e sonhadora protagonista de 14 anos.
         Só existe uma pessoa no mundo inteiro que compreende June Elbus. Essa pessoa é o seu tio, o renomado pintor Finn Weiss.
         Tímida na escola, vivendo uma relação distante com Greta, sua irmã mais velha, June só se sente “ela mesma” na companhia de Finn. Ele é seu padrinho, seu confidente e seu melhor amigo.
         Quando o tio morre precocemente de AIDS (na época, ainda era um grande tabu), doença esta, sobre a qual a mãe de June prefere não falar, o mundo da garota desaba.
         Antes de Finn ser derrotado pela AIDS, ele passara seus últimos meses trabalhando em uma pintura onde retrata June e sua irmã Greta. Este fora o seu último trabalho como renomado artista e que não seria apresentado para o mundo.
         No funeral de Finn, June percebe um homem desconhecido,  isolado e que não se junta aos familiares dede seu tio, mas que a observa contantemente.   Segundo sua mãe, ele é o motivo da AIDS do tio e  da sua morte...
         Dias depois, ela recebe um misterioso pacote pelo correio. Dentro dele, há uma relíquia que pertenceu a seu tio e um bilhete de Toby, o homem que apareceu no funeral, pedindo uma oportunidade para encontrá-la.
         No meio de tantos sentimentos solitários, June decide se encontrar com Toby, e após o primeiro encontro, onde trocavam lembranças de Finn, os encontros começaram a ser cada vez mais frequentes.  À medida que os dois se aproximam, June descobre que não é a única que sofre e tem saudades de Finn. Ela começa a confiar realmente no inesperado novo amigo, e ele se torna,  a pessoa mais importante do mundo para ela neste momento.  Toby é quem a ajudará a curar a sua dor e a reavaliar o que ela pensa saber sobre Finn, sobre sua família e sobre si mesma. 
         Ambos vão descobrindo, que entre eles, existem muitas coisas em comum, que vão além do imaginado e que agora um precisa do outro para seguir em frente com suas vidas.

  
         Este é um livro de enredo denso e com um título muito criativo, que é compreendido ao longo da história.
         A capa do livro é linda e enigmática. Nela estão contidos vários elementos da história, que vão sendo descobertos no decorrer da leitura.
         É um livro diferente, além de ser instigante, é um livro que emociona muito em algumas passagens.
         É notável o amadurecimento dos personagens, inclusive de Greta, a irmã mais velha de June. E até mesmo o relacionamento complicado de ambas, acaba melhorando muito.
         A relação de June e Toby foi muito bem explorada. A autora soube exatamente como conectá-los, e como fazer uma amizade de verdade crescer, conduzindo os leitores a um final surpreendente!
         Enfim, é um romance de extrema sensibilidade.
         Uma história carregada de sentimentos e lições, que nos mostra que a compaixão tem o poder de reconstrução.
         Diga aos Lobos que Estou em Casa foi um dos mais impressionantes livros que eu li nesses últimos anos e eu o recomendo para todos. Com certeza, essa história aquecerá vários corações.



O trabalho desta autora já apareceu em diversos jornais e revistas, como o North American Review e o The Sun. Em 2006, ela recebeu o prêmio New Writing Ventures, cedido pela University of East Anglia e pelo Arts Council England, que, em 2007, apoiou a autora ao escrever seu primeiro romance, Diga aos lobos que Estou em Casa.
Originária de Nova York, Carol Rifka Brunt vive hoje na Inglaterra com o marido e seus três filhos.

6 comentários:

  1. Menina que resenha, fiquei com vontade de ler também, estou retomando a leitura depois de dois anos de pouca leitura e muito trabalho. Este ano me determinei ler pelo menos 1 livro por mês. Como gosto de todos os estilos as vezes não sei o que ler, estou amando seus comentários, obrigada. Por sinal já li Na ilha, o que parecia ser uma história boba, me prendeu até o final. Bom final de semana, bjs!

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  2. Eu já estava com esse livro na minha lista, gostei da resenha.
    Esse título me chamou atenção e eu fiquei super curiosa!
    Obrigada por compartilhar.

    Beijos <3

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  3. Eu já havia namorado a capa do livro do site da Cultura, mas ainda não lera a respeito. Sua resenha está muito bem escrita e convidativa. Desejei!
    Abraço,
    Jussara - minasdemim

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  4. Então Fabi, dá tempo de fazer o Smash Literário. Bora? As info estão lá nas minhas postagens com link Smash Literário... me mostra depois!!!
    Beijos!

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  5. Olá!
    Não tinha lido nenhuma resenha sobre esse livro, mas fiquei com vontade depois da sua!
    Parece ser um daqueles livros memoráveis
    Beijinhos
    Rizia - Livroterapias

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  6. Achei interessante, obrigada pela resenha.
    Muito bom.

    Um abraço

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